Moçambique vive os seus piores momentos da sua História desde a Independência
Nacional, ocorrida a 25 de Junho de 1975. Virou um país inseguro para se viver e
para fazer negócios. Ninguém tem certeza se chega ao dia seguinte quando se vai
deitar nem quando sai de casa não se sabe se voltará ou não. Grupos de
malfeitores caçam, com armas de fogo, inocentes pelo facto de discordar da
maneira como são governados. O leme do nosso barco está capturado por perigosos
piratas do mar que levam a embarcação para um porto desconhecido. Afundaremos todos
se continuarmos como cordeiros amordaçados.
Os raptos de cidadãos constituem um duro golpe contra a nossa economia. Ninguém
investe num país onde pessoas são raptadas e a polícia se limita a dizer que
“estamos a investigar” e daí nada se sabe mais nada. Ninguém, nem mesmo um
louco, traz o seu dinheiro para um país em que os assassinatos acontecem no coração
da capital, de dia e em cafés. Quem se sentiria seguro se quando sai para um
exercício matinal não sabe se volta à casa? – Ninguém. É perigoso viver num país
onde a liberdade de falar, escrever e pensar é uma certidão de óbito. Matam quando
falamos e tiram a vida quando não se junta aos grupos de malfeitores, ladrões e
bandidos. O pensar diferente é, também, perigoso.
Como se pode explicar um governo que se orgulha ter saído de eleições crie grupos
esquadrões de morte para matarem os seus opositores? É um contra-senso. Para se
manter no poder é preciso matar o outro? É preciso promover a guerra e empobrecer
o povo? Os que nos governam recorrem à guerra para se afirmarem como autoridade
e encherem os seus bolsos de dinheiros do povo. Contraem dívidas monumentais e com
altos juros para ficarem podres de rico. Esta é a nova burguesia ociosa, os novos
ricos que se orgulham dizendo que fizeram a guerra para ficarem ricos. Se a libertação
do país custa essa pesada factura, que não tivessem ido à luta porque os antigos
libertadores se tornaram impiedosos colonialistas.
Aqui os governantes contraem dívidas ao seu gosto, sufocando a economia e o
desenvolvimento social, desde que isso seja útil aos seus interesses particulares
e de grupo. Quando todos pensavam que se tratava do fardo da falida EMATUM,
calculado em 850 milhões de dólares, surge uma outra, até então escondida, de
787 milhões de dólares e tentam nos convencer que tudo está sob controlo. Num país
onde a lei esteja acima de qualquer cidadão, os autores dessa burla - Armando
Guebuza, antigo presidente, Manuel Chang e Filipe Nyusi, antigos ministros das
Finanças e da Defesa, respectivamente – estariam na prisão.
Os gatunos são o princípio e o fim da lei. Para fecharem o círculo da
violência, mandam os seus cães atacarem magistrados.
Uma sociedade que não consegue controlar os seus bandidos e ladrões, qualquer
dia, será domada por eles. Matam e roubam para continuarem no poder. E nós já atingimos,
largamente, esta fase. Roubam votos eleitorais, abafam os órgãos da justiça para
se manterem impunes. O povo deve levantar-se, sem mais delongas, contra as
injustiças e desigualdades sociais que o regime da Frelimo vem criando como um
artifício de manutenção e reprodução do poder.
O povo tem que se levantar para dizer basta e salvar o país do abismo. Deve
pôr um “ponto final” nas brincadeiras do regime da Frelimo. Eles continuam a enterrar
o futuro de todos nós com dívidas da compra de armas para matarem outros moçambicanos
que discordam do seu modus operando. Não
podemos continuar mais a ser governados por piratas porque os interesses deles
são divergentes dos do povo e até promovem o terrorismo de estado. O povo é
capaz! Levante-se pela paz e desenvolvimento!
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