sexta-feira, 6 de maio de 2016

Frelimo joga Moçambique para latrina

De um país próspero e promissor, com uma das maiores centrais hidroeléctrica do mundo, transporte de águas profundas, invejáveis infra-estruturas ferro-portuárias, minas de carvão, grandes jazidas de gás natural, milhões de hectares de terra arável por explorar e com 60 rios com curso permanente de água, apesar do seu imenso potencial em recursos naturais, Moçambique pertence ao pelotão dos países mais pobres do mundo, com uma dívida pública insustentável, irresponsável e criminosa, devido a política serradas seguidas pelos sucessivos governos da Frelimo, desde que Moçambique se tornou independente, a 25 de Junho de 1975.
A exclusão, a discriminação com base na filiação partidária (até cantam orgulhosamente e bem alto que “quem não é da Frelimo, o problema é dele”), a corrupção, a arrogância e o abocanhamento das riquezas nacionais por um punhado de indivíduos têm sido um problema crucial para o nosso desenvolvimento colectivo como um povo e como nação. A hegemonia política e a distribuição discriminada da riqueza nacional são uma importante fonte de conflitos politico-militares no nosso país.
A corrupção, nas instituições públicas virou uma prática comum. O antigo chefe de estado era conhecido como o “Mr. 5%”, em alusão à sua postura de exigir, pelo menos, aquela percentagem do capital a investidor como condição para a instalação de qualquer projecto, ainda que a abandeira de campanha eleitoral de Armando Guebuza fosse de combate à corrupção. Porém, este mal não foi apenas o modus operandi do ex-estadista como também a tornou endémica. A mobilização de mais de 12 aeronaves, a começar, enquadrava-se na estratégia de acumulação primitiva do capital através de comissões.
A usurpação de poderes do parlamento para a sua pessoa, no alto endividamento público, na aquisição de armamentos, visava, tão-somente, obter as choru das comissões que este tipo de negócio sempre proporcionou. O ex-estadista moçambicano esteve presente em tudo que cheirasse dinheiro. A nomeação de primeiros secretários do seu partido e equipará-los aos cargo de governador de provincial tinha em conta receber deles a obediência total porque podia chantageá-los quando quisessem incomodar o grande chefe.
A negociação das mais-valias da ENI, multinacional italiana que pesquisa gás natural na Bacia do Rovuma enquadra-se na estratégia da grande corrupção. O custo da construção do Aeroporto Internacional de Mavalane, em Maputo, estava calculado em 62 milhões de euros, mas acabou em 162 milhões de euros. Porquê esta extrapolação dos valores? O dinheiro ficou nos bolsos de quem? É uma pergunta pertinente a responder pelo “filho mais querido do maravilhoso povo da Pérola do Índico”, como era chamado o antigo estadista moçambicano pela sua turma da molekada.   
O primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, pessoa que até há bem pouco tempo alimentava alguma esperança de idoneidade, disse que o governo não levou ao parlamento a estratégia sensível de endividamento porque estão lá parlamentares que, de dia fazem política e anoite promovem assassinatos, deitou abaixo o pouco que restava daquele convento satânico. É tanta besteira junta para um só governo.
Os que promovem aauto-estima não hesitaram em ir à Washinghton DC prestar contas ao seu verdadeiro patrão – Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. Foram às corridas e com as calças pelo joelho para explicar a sua malandrice e gatunagem. Faltou apenas dizer que vão ao FMI e Banco Mundial porque a Renamo não tem assento naquelas instituições financeiras. Só a falta de vergonha pode permitir esta gentalha levantar a cabeça e andar na rua sem procurar um esconderijo.
Depois da máscara cair por terra, fica ridícula a figura de Filipe Nyusi prosseguir com a sua ladainha de que “o povo é o seu único e exclusive patrão”. Não se nega um a informação relevante ao seu verdadeiro patrão sobre a vida do país. Os deputados de facto estão no parlamento por terem sido eleitos pelo povo e a sua presença naquela magna casa não é nenhum favor da Frelimo, à excepção dos que ocupam assentos através da ajuda fraternal da FIR, STAE, CNE e do Conselho Constitucional.
A  Frelimo aposta na violência para se manter no poder enquanto o povo ainda não acordar da hibernação. O recurso à guerra, fraude eleitoral, à desqualificação do outro e aos assassinatos políticos, o desprezo pelos mortos e a valas comuns para enterrarem os seus próprios soldados e a suspeitos mortos na calada da noite constituem um sinal claro do fim de um regime corrupto e moribundo que se socorre do medo para sobreviver.

A expulsão da Frelimo do poder, onde se encontra desde 1975, é uma necessidade histórica e inadiável para que a Independência e a liberdade sejam um dado adquirido, negadas pelos Acordos de Lusaka em que o então governo de Portugal vendeu o povo moçambicano a um grupo de ditadores marxistas-leninistas que se atreveram introduzir as leis de chicotadas e pena de morte e os acusados eram julgados por um tribunal sem apelação e composto por juízes, maioritariamente, analfabetos.  

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