De um país próspero e promissor, com uma das maiores centrais hidroeléctrica
do mundo, transporte de águas profundas, invejáveis infra-estruturas
ferro-portuárias, minas de carvão, grandes jazidas de gás natural, milhões de
hectares de terra arável por explorar e com 60 rios com curso permanente de
água, apesar do seu imenso potencial em recursos naturais, Moçambique pertence ao
pelotão dos países mais pobres do mundo, com uma dívida pública insustentável,
irresponsável e criminosa, devido a política serradas seguidas pelos sucessivos
governos da Frelimo, desde que Moçambique se tornou independente, a 25 de Junho
de 1975.

A corrupção, nas instituições públicas virou uma prática comum. O antigo chefe
de estado era conhecido como o “Mr. 5%”, em alusão à sua postura de exigir,
pelo menos, aquela percentagem do capital a investidor como condição para a instalação
de qualquer projecto, ainda que a abandeira de campanha eleitoral de Armando
Guebuza fosse de combate à corrupção. Porém, este mal não foi apenas o modus operandi do ex-estadista como também
a tornou endémica. A mobilização de mais de 12 aeronaves, a começar,
enquadrava-se na estratégia de acumulação primitiva do capital através de
comissões.
A usurpação de poderes do parlamento para a sua pessoa, no alto endividamento
público, na aquisição de armamentos, visava, tão-somente, obter as choru das comissões
que este tipo de negócio sempre proporcionou. O ex-estadista moçambicano esteve
presente em tudo que cheirasse dinheiro. A nomeação de primeiros secretários do
seu partido e equipará-los aos cargo de governador de provincial tinha em conta
receber deles a obediência total porque podia chantageá-los quando quisessem incomodar
o grande chefe.
A negociação das mais-valias da ENI, multinacional italiana que pesquisa gás
natural na Bacia do Rovuma enquadra-se na estratégia da grande corrupção. O
custo da construção do Aeroporto Internacional de Mavalane, em Maputo, estava calculado
em 62 milhões de euros, mas acabou em 162 milhões de euros. Porquê esta extrapolação
dos valores? O dinheiro ficou nos bolsos de quem? É uma pergunta pertinente a
responder pelo “filho mais querido do maravilhoso povo da Pérola do Índico”,
como era chamado o antigo estadista moçambicano pela sua turma da
molekada.
O primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, pessoa que até há bem pouco
tempo alimentava alguma esperança de idoneidade, disse que o governo não levou ao
parlamento a estratégia sensível de endividamento porque estão lá parlamentares
que, de dia fazem política e anoite promovem assassinatos, deitou abaixo o
pouco que restava daquele convento satânico. É tanta besteira junta para um só governo.
Os que promovem aauto-estima não hesitaram em ir à Washinghton DC prestar contas
ao seu verdadeiro patrão – Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. Foram
às corridas e com as calças pelo joelho para explicar a sua malandrice e
gatunagem. Faltou apenas dizer que vão ao FMI e Banco Mundial porque a Renamo não
tem assento naquelas instituições financeiras. Só a falta de vergonha pode permitir
esta gentalha levantar a cabeça e andar na rua sem procurar um esconderijo.
Depois da máscara cair por terra, fica ridícula a figura de Filipe Nyusi prosseguir
com a sua ladainha de que “o povo é o seu único e exclusive patrão”. Não se
nega um a informação relevante ao seu verdadeiro patrão sobre a vida do país. Os
deputados de facto estão no parlamento por terem sido eleitos pelo povo e a sua
presença naquela magna casa não é nenhum favor da Frelimo, à excepção dos que ocupam
assentos através da ajuda fraternal da FIR, STAE, CNE e do Conselho Constitucional.
A Frelimo aposta na violência para se
manter no poder enquanto o povo ainda não acordar da hibernação. O recurso à guerra,
fraude eleitoral, à desqualificação do outro e aos assassinatos políticos, o
desprezo pelos mortos e a valas comuns para enterrarem os seus próprios soldados
e a suspeitos mortos na calada da noite constituem um sinal claro do fim de um
regime corrupto e moribundo que se socorre do medo para sobreviver.
A expulsão da Frelimo do poder, onde se encontra desde 1975, é uma necessidade
histórica e inadiável para que a Independência e a liberdade sejam um dado
adquirido, negadas pelos Acordos de Lusaka em que o então governo de Portugal
vendeu o povo moçambicano a um grupo de ditadores marxistas-leninistas que se
atreveram introduzir as leis de chicotadas e pena de morte e os acusados eram julgados
por um tribunal sem apelação e composto por juízes, maioritariamente,
analfabetos.
Estamos mal mesmo
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